Enquanto eu lia o pequeno fragmento Fuga da obra de Graciliano Ramos lembrei-me que Vidas Secas foi o primeiro livro que li na Faculdade. Na verdade eu não li o livro, nossa professora maravilhosa (Suely Cagnetti) leu para a classe, um capítulo a cada encontro. Lembrei-me que alguns de nós ficávamos emocionados ouvindo o texto. Ela, a minha profª, tinha um jeito todo especial, ela é uma ótima contadora de histórias e sabia dar entonação perfeita ao texto. Mas algo que me ocorreu de forma consciente apenas agora na apostila TP3 é que os elementos narrativos e principalmente os descritivos estão tão bem encadeados que trazem para o leitor uma imagem ímpar do cenário no qual se desenvolve o enredo. Pela habilidade do escritor conseguimos quase que experienciar a rotina dessa família de retirantes e nos compadecer com a secura de suas vidas.
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Graciliano foi espetacular em Vidas Secas. São tantos os elementos que ele utilizou para compor a secura daquelas vidas... O grande sonho de Sinha Vitória era apenas ter uma cama melhor... os meninos não tinham nome, o que os coloca numa escala de importância menor que a cachorra Baleia. A comunicação pouca, truncada, difícil. A paisagem de uma aridez ácida...
ResponderExcluirFantástico, não é mesmo?
Quando você fala de algumas percepções que teve no TP3, ratifica a ideia de que a construção de leitura é contínua, não acaba nunca. Cada leitura de um mesmo texto é uma nova leitura, com novas percepções, novas atribuições. Estamos em permanente construção. E isso é fantástico!
Abraços
Angelita
Nossa quanto fantástico... E eu nem assisti a esse programa ontem... Acho que me enpolguei...rsrs
ResponderExcluirAngelita
Meu Deus!!!
ResponderExcluirempolguei!!!