domingo, 25 de outubro de 2009

Sensibilizar para a leitura através da literatura infantil

Oficina: 12 Unidades 23 e 24 TP 6

Sugestão de aplicação: No início do ano com 6ºs anos.
Justificativa:
No início do ano em quase todas as escolas a biblioteca somente inicia o atendimento aos alunos após duas ou três semanas, por causa da organização interna e entrega de livros didáticos. Este período, no qual ainda não conhecemos bem os alunos do 6º ano, acredito ser o momento adequado para a aplicação desta oficina.
O desenvolvimento desta atividade oportunizará uma ótima sondagem para o professor de Português, pois o aluno, sem saber que está sendo “avaliado”, mostrará sua competência linguística tanto na oralidade como na escrita. Caso queira o professor poderá guardar uma cópia do primeiro texto produzido pelos alunos para compará-lo a última produção do ano.

1.Planos de aula

1.1Tempo de aplicação: 5 ou 6 aulas de 45 minutos

1.2Objetivos:

- Sensibilizar a classe para a leitura;
- Oportunizar o contato com variados livros de literatura infantil;
- Instigar a expressão oral;
- Desenvolver o senso crítico do aluno em relação ao texto lido;
- Chamar a atenção do aluno para outros aspectos do livro, além do enredo;
- Possibilitar a expressão da criatividade na narração de histórias;
- Produzir um texto narrativo influenciado pelas leituras realizadas;
- Ler com prazer.

1.3Conteúdo: Leitura dos seguintes títulos:

(cada professor poderá selecionar títulos de acordo com sua vivência e preferência)

- Enquanto o mundo pega fogo de Ruth Rocha
- Mamãe trouxe um lobo para casa de Rosa Amanda Strausz
- Era uma vez uma bruxa de Lia Zatz
- Gato que pulava em sapato de Fernanda Lopes de Almeida
- A margarida friorenta de Fernanda Lopes de Almeida
- A coleção de bruxas de meu pai de Rosa Amanda Strausz
- A bela borboleta de Ziraldo
- A casa sonolenta de Andrey Wood.


1.4 Estratégias/atividade:

a) Primeira Atividade:

- Expor aos alunos o objetivo das cinco aulas;
- Confeccionar crachás (se você ainda não souber o nome de todos);
- Ajeitar as carteiras em forma de U;
- Anunciar a história “A coleção de bruxas do meu pai”;
- Mostrar a capa do livro e divulgar o nome da autora;
- Aguçar a curiosidade dos alunos com base no título;
- Que história seria essa? Quais as possibilidades?;
- Perguntar aos alunos se eles fazem alguma coleção;
- Falar das próprias coleções;
- Ler a história para eles sem mostrar a ilustração;
- Comentar a história: do que gostou, quem chegou mais perto de acertar o enredo a partir do título...
- Comentar as personagens: crianças, o pai, os animais, as bruxas;
- Características das bruxas, equipamentos usados pelas bruxas;
- Comparar as características das bruxas com as dos animais;
- Desenhar uma passagem da história e escrever essa passagem em poucas palavras;
- Fazer circular o livro lido pela sala;
- Expor os desenhos; (fazer um varal na sala é boa idéia)
- Pode-se ainda numerar os desenhos e escolher o melhor em forma de votação secreta, podendo-se premiar o vencedor. *Caso isso seja feito, os alunos serão informados antecipadamente.

b) Segunda atividade

- Com a ajuda do reto-projetor projetar por páginas e convidar alunos voluntários para contar a história “ Era uma vez uma bruxa” de Lia Zatz.
* Neste caso você precisará fotocopiar as págs da história em láminas ou usar scaner e datashow ou ainda fotocopiar a história e entregar uma pág para criança (ou dupla);
- Comentar o recurso que a autora usou para tornar essa história mais atrativa (desenhos substituindo algumas palavras; tipo de letra para maior sentido as palavras);
- Comentar o tema (vida na floresta – vida na cidade);
- Comparar as bruxas das duas histórias;
- Conversar com os alunos sobre as diferentes possibilidades de se contar histórias, permitir que eles sugiram ou falem de experiências, anotar as sugestões;
- Anunciar que no próximo encontro eles é que contarão histórias;
- Motivá-los para essa atividade;

c) Terceira atividade:
- Tarefa de casa opcional (quem entregar ganha de 0,1 a 1,0 na nota final deste bloco): A partir de uma seqüência de gravuras, escrever uma história do livro “A bruxinha atrapalhada” de Eva Furnari.


d) Quarta atividade:

- Recolher as produções de texto daqueles que já escreveram a história; permitir que a entrega seja feita ainda nas próximas aulas.
- Expor as metas para aquele dia: em grupos eles deverão contar uma história para os demais colegas.
- Dividir os alunos em grupos de 4 ou 5 elementos;
- Distribuir os livros de literatura infantil selecionados;
- Coletar idéias sobre as possibilidades de apresentação das histórias usando as que anteriormente foram citadas por eles e sugerir mais algumas.
Exemplos:
FANTOCHES
DRAMATIZAÇÃO
MÚSICA
RÁDIO
CONTAR DIVIDINDO AS PERSONAGENS
CARACTERIZAR-SE CONFORME AS PERSONAGENS

- Permitir que as equipes façam o ensaio, determinando um tempo para isso. Às vezes faz-se necessário renegociar a quantidade de alunos por grupo, conforme a quantidade de personagens de cada livro e a estratégia para a apresentação.

· É muito importante que nenhuma criança deixe de participar, o professor deve ajudar aos mais “desajeitados”, pois é assim que se promove a inclusão e os benefícios em relação à auto-estima e participação dos alunos para o decorrer do ano serão enormes.

- Em vinte minutos todos retornam para combinar os procedimentos de apresentação que acontecerá na aula seguinte.


e) Quinta atividade:

- Socialização das histórias;
- Comentar positivamente o desempenho de cada grupo;
- Recolher os desenhos do varal; (premiar os melhores)

f) Sexta atividade:

- Produção de texto individual (neste momento o professor vai descobrir como o seu aluno escreve). Escreva uma história a partir das histórias que você ouviu e contou. Você poderá, por exemplo, escrever uma nova aventura de algum personagem que surgiu ou misturar personagens de várias histórias numa nova história.
* Lembrar-se que os critérios para a avaliação deste texto devem estar claros (escritos e comentados) para os alunos;

Última atividade: A avaliação.
· Obviamente o professor já deve ter corrigido as produções até este momento e isso não pode demorar mais do alguns poucos dias. A demora na devolução das atividades é extremamente frustrante para os alunos e vai resultar em desmotivação para os próximos trabalhos.

A avaliação das atividades será feita individual e coletivamente, sendo que serão considerados os seguintes aspectos:

- A envolvimento do grupo nas atividades orais;
- O capricho em desenhar a passagem do livro;
- A coesão, coerência e criatividade na produção de texto;
- A habilidade de transmitir com clareza e criatividade o enredo da história apresentada;


Referências Bibliográficas:
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices. São Paulo: Ed. Scipione, 1995.

VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler e formando leitores para a vida. Rio de Janeiro: Qualitymark.,1997.

ALMEIDA, Fernanda Lopes de. A Margarida friorenta. São Paulo: Ática, 1995.

ALMEIDA, Fernanda Lopes de . O gato que pulava em sapato. São Paulo: Ática, 1994.

PINTO, Zélio Alves & Ziraldo. A bela borboleta. São Paulo: Melhoramentos, 1980.
ROCHA, Ruth. Enquanto o mundo pega fogo. São Paulo: Ática, 2001.

STRAUSZ, Rosa Amanda. A coleção de bruxas de meu pai. Rio de Janeiro: Salamandra, 1995.

STRAUSZ, Rosa Amanda. Mamãe trouxe um lobo para casa. Rio de Janeiro: Salamandra, 1995.

FURNARI, Eva. A bruxinha atrapalhada. São Paulo: Global, 1997.

WOOD, Audrey. A casa sonolenta. São Paulo: Ática, 1997.

ZATZ, Lia. Era uma vez uma bruxa.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

EU & INFORMÁTICA

Reflexões sobre minha Visão de Tecnologia na Vida e no Trabalho Escolar
Para iniciar minhas reflexões a respeito do tema quero citar uma frase comumente usada pelas minhas filhas pra nossa mãe aparelho eletrônico deveria ter apenas dois botões de cores diferentes, um para ligar e outro para desligar. A partir daí pode-se perceber minha verdadeira vocação para o assunto, então tudo o que eu aprendi, foi por boa vontade e muita solidariedade alheia.
Falando especificamente de computadores, meu primeiro contato pra valer com o teclado foi em 1996, na Alemanha, quando eu fazia um curso e como tarefa complementar tínhamos que escrever um relatório diário que viraria uma apostila ao final de 4 semanas. Eu sabia digitar relativamente bem, pois tinha feito Curso de Datilografia e treinava bastante datilografando provas e exames finais na Escola Jaraguá. No entanto era somente o que eu sabia fazer e precisei pedir ajuda (em alemão) para dar conta do básico.
Em 1997 eu estava terminando minha faculdade e digitei todo o meu TCC em casa de amigos, que tinham computadores. Era um tal de perder tudo e recomeçar sem fim, quase dei à luz umas tantas vezes. Por fim uma colega formatou tudo da melhor forma possível e estava feito.
No meu trabalho, desde que a Escola Jaraguá montou o Laboratório de Informática eu levava meus alunos para usá-lo. Eu não sabia quase nada, mas em cada turma havia adolescentes que sabiam manusear as máquinas e eles ensinavam aos colegas e a mim também. Nesta época eu comecei a digitar minhas provas também. Um grande avanço!
Em 2002 comprei um computador e uma impressora. Antes disso meu amigo criou um e-mail pra mim, o mesmo que eu uso até hoje. Foi também o ano em que eu ingressei na Rede Municipal e lembro-me que só se falava em “projetos, projetos, projetos” mas na prática não era tudo isso. Não lembro ao certo mas acho que no Molha já havia computadores e era relativamente fácil usá-los com alunos, para digitar textos, pois as turmas eram pouco numerosas.
Com duas filhas moças em casa, elas passaram a ser a minha referência para pedir ajuda em qualquer recurso que fosse além do editor de texto. Ainda hoje odeio quando a minha filha muda as coisas de lugar no nosso computador e pra tudo que preciso fazer além do básico peço a ajuda delas. Não tenho orkut e nem facebook, mas tenho um blog, como vocês já sabem. Na verdade eu sei fazer no computador apenas aquilo que uso cotidianamente, tenho dificuldade para gravar procedimentos novos. Preciso anotar as seqüências, pergunto dez vezes a mesma coisa.... Mas não me importo, pois sempre há alguém disposto a ensinar quando estamos dispostos a aprender.

domingo, 30 de agosto de 2009

" e a vaca foi pro brejo..."

Esta postagem tem a ver com a execução, (nossa parece que matei alguém) da aula de número 6 do AAA5 Provérbios de A a Z. Como usei de apoio o livro Guia dos Curiosos de Marcelo Duarte, estarei publicando alguns provérbios explicados, achei super legal e vou compartilhar com vocês nos próximos momentos. E lembrem-se "quem guarda com fome o gato vem e come" Miau!

CASA-DA-MÃE-JOANA
A mulher que emprestou seu nome ao surgimento dessa expressão foi Joana I (1326-82), condessa de Provença e rainha de Napoles. Em 1347, ela regulamentou os bordéis de Avignon, onde vivia refugiada. "Casa-da-mãe-joana" virou então sinônimo de prostíbulo, lugar de bagunça.

INÊS É MORTA

A expressão tem origem histórica e literária e significa a inutilidade de ações feitas tardiamente. Inês de Castro (1320-55) viveu um romance com dom Pedro e com ele teve três filhos. A mando de dom Afonso IV ela foi condenada à morte por decapitação. Quando se tornou o oitavo rei de Portugal, dom Pedro ordenou a morte dos três assassinos de Inês, que tiveram o coração arrancado. No cortejo de morte de Inês, o rei obrigou todos os nobres a beijarem a mão do cadáver. Ainda concedeu à ex-amante o título de rainha. A homenagem tardia era inútil, pois Inês ja estava morta. A personagem foi celebrada na obra Os Lusíadas de Camões.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Festa Junina Interna da Maria Nilda

























" No dia 24 de junho ocorreu a festa junina na escola Maria Nilda. Os alunos começaram a decoração um semana antes. No dia a maioria dos alunos vieram fantasiados de caipira. Foi uma festa magnífica, em minha opinião poderia ser melhor se fosse externa e se tivesse mais comidas típicas." Ruth 902
"Na festa ocorreram várias brincadeiras como corrida de saco e brincadeiras com ovos. Mas o ponto alto foi a apresentação do casamento caipira com quadrilha dos 8º e 9º anos. Durante as apresentações estavam sendo vendidas pipoca, nega-maluca, pescaria, refrigerante. Cachorro quente foi distribuido de graça." Caroline - 902
"Bom... festas juninas são assim mesmo, gente pintando o rosto usando roupas bregas... Mas pra falar a verdade esse ano eu até entrei na brincadeira: pintei o rosto e até que foi divertido."
Gabriela 902

domingo, 16 de agosto de 2009

Avaliação do Gestar II

Todo mundo sabe que ser professor não é tarefa fácil!! Costumo dizer com relação às queixas que eu escuto e com relação às que eu mesma faço que ninguém jamais disse que ser professor seria fácil. Partir do princípio de que o trabalho na Educação é tarefa árdua, que requer muita autodisciplina, dedicação, planejamento cotidiano, empenho na busca por novas metodologias, troca de experiências, nos leva a tomada de consciência de que nunca estamos realmente prontos. Estamos sempre em construção e em busca de resultados melhores.
O Programa Gestar II vem suprir a carência do professor de Língua Portuguesa e de Matemática no sentido da formação continuada tão buscada e falada cotidianamente. Como descreve o Guia Geral: A formação continuada dever ser compreendida como uma ferramenta de profissionalização capaz de proporcionar aos professores espaços sistemáticos de reflexão conjunta e de investigação, no contexto da escola, acerca de questões enfrentadas pelo coletivo da instituição.
O curso, pela forma como se apresenta, oportuniza ao participante uma constante interação entre a teoria e sua prática em sala de aula. O material utilizado está muito bem construído, apesar de que há muito trabalho no sentido de preencher todas as respostas aos questionamentos. Essa parte às vezes me faz desanimar, pois como quase todos os demais participantes o tempo me falta. Nessa abordagem vale dizer que em minha opinião o período de aplicação deveria ser maior. Nosso curso iniciou em abril e terminará em novembro.
Enquanto estudamos e aplicamos os conhecimentos percebemos que nossa prática melhora. Os Avançando na Prática trazem sugestões boas, e cabe a nós fazer as devidas escolhas e adaptações para que o tema e a abordagem sejam ajustados à nossa sala de aula. O material apresenta-se como suporte para os estudos realizados. Além disso, o curso oferece a oportunidade para se compartilhar experiências com a professora e com os colegas nos encontros presenciais. A socialização das atividades leva a uma análise do que deu certo, e por que deu certo. Em grupo é mais fácil achar solução para os problemas.
Em relação à metodologia eu gostaria, no entanto de acrescentar que eu não percebi a lógica em se começar pelo caderno 3 e depois seguir para o 4 e 5, retornando para o 1, 2 e depois para o número 6. Acredito que há uma lógica gradativa na progressão numérica em relação aos conteúdos. Por exemplo, agora estamos vendo o caderno 1 que ao meu ver é menos denso que o caderno 3 com o qual iniciamos. Começar “de leve” é melhor. Talvez muitos colegas não teriam desistido, se o início não fosse tão “puxado”.
A Educação à distância requer do aluno muito mais disciplina, ao mesmo tempo em que permite que cada um programe seu horário. Eu como estou há 24 na Educação, sou do tempo em que não havia cursos semipresenciais. Meu curso de Letras durou nove semestres. Todos muito presenciais. Por isso essa nova modalidade, que reconheço traz benefícios e abre possibilidades de atualização, ainda é um exercício de disciplina para mim. Também acho que alguns encontros poderiam ser negociados com a Secretaria de Educação para que acontecessem durante o horário de trabalho para motivar e favorecer o professor que fica acumulado de tarefas a serem realizadas durante esse período.
Nossa formadora municipal, professora Angelita, mostra-se entusiasmada pelo programa o que contribui para que o grupo também permaneça animado. A professora é assídua e pontual e esforça-se para manter abertos os canais de comunicação com todos. Os encontros apresentam agendas bem definidas e forma de apresentação das oficinas é dinâmica, sempre com recursos tecnológicos e didáticos diversificados.
Em resumo, em minha opinião o Programa Gestar, para quem consegue dedicar-se, promoverá discussão e reflexão sobre problemas do ensino, articulação com a proposta pedagógica e curricular e plano de ensino, bem como estimulará o professor a modificar a sua prática, inserindo maior dinamicidade em suas aulas, tornando-as mais agradáveis, participativas e atualizadas. Todos que buscam aprender esperam ensinar melhor.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Especialmente para o curso do Proinfo!

Estou convencida de que sou meio lerdinha!

Segundo o dicionário lerdo é pesado; estúpido; de movimentos lentos. Pois então, tirando o estúpido que eu já achei um pouco exagerado, com os demais significados eu me identifiquei. Tudo bem que são quase meia noite, num dia que passei 8 horas na Conferência do CMDCA num chá de data show que foi pra acabar e que à noite eu fiquei mais umas horas no Gestar, que devo dizer, sempre está muito bem organizado e com idéias inteligentes, lanche gostoso... mas isso tudo não me ajuda, porque eu sou lerdinha.
Talvez eu também devesse considerar que tenho trabalhado em média nove horas por dia, entre festa junina, feijoada, pai xingando, aluno vomitando, dança da quadrilha, prestação de conta, palestra da CONAE, professor que falta, site do senso que não dá certo... o tecnologia, era tão fácil mandar carta, ainda tinha o selo pra enfeitar. Mas esse não é meu assunto, de volta a lerdeza... ou será que é lerdice?
O ponto é que a nossa querida Célia coloca lá naquela agenda virtual que pra se fazer aquela tal atividade ela vai considerar 3 horas de curso, 4 horas de curso etc e eu sempre demoro mais. Mas não é assim um pouco mais é muito mais. Então ou eu sou mesmo lerda ou o meu certificado deveria vir com umas 100 horas no mínimo. E ainda assim eu preciso pedir ajuda para quem está por perto: filha, genro, amigo, vizinho, a Susana na hora do almoço... pelo amor de Deus, tá difícil!!! Até o Vítor de vez em quando já dá umas tecladas por mim e olha que ele só tem 2 anos.
Bom agora preciso ir dormir, antes ainda ler um pouco do TP da Angelita, ver quais contas vencem amanhã, já que ganhamos pagamento hoje e tentar dormir bem, sem pesadelos pedagógicos. Mas só para encerrar meu texto de autoavaliação do curso até aqui, tá puxado!
Abraços pra você Célia que tem lido até meus textos do Gestar, obrigada pelo prestígio!!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Prática: Relaório de alunos- Visita à trilha do Rã-Bugio

"Quando chegamos lá a recepção foi ótima e nos trataram com muita educação. A Dona Elza dividiu a turma em 3 grupos de 16 pessoas. O nosso grupo aprendeu primeiro sobre a embaúba que é uma árvore pioneira. Mamica de cadela é uma outra árvore da Mata Atlântica. Ela se chama assim porque no tronco dela tem uns espinhos, que parecem mamicas."
Willian 601
"Era uma trilha de leito seco, escorregadia. Nós vimos tucanos, ouvimos outros pássaros, vimos borboletas transparentes e uma nascente quase seca. Ficamos sabendo que aquela floresta era secundária, pois já foi desmatada."
Julie- 601
"Por primeiro a Dona Elza explicou sobre o líquen. O líquen é uma mancha vermelha que representa que o ar está puro. Depois ela falou do pau-jacaré. O pau-jacaré é uma árvore bem grande que tem escamas igual a de um jacaré. Nós vimos também o chuchu que é uma planta exótica. Para a natureza uma planta exótica é a que destrói a natureza cobrindo as árvores com as suas folhas e destruindo as árvores que estão no local."
Alisson 601

terça-feira, 26 de maio de 2009

Fui mãe antes de me tornar leitora

Gostaria de poder dizer que aprendi a gostar de ler com os meus pais, quando criança, que estava sempre rodeada de livros, mas não seria sincero. A verdade é que todos na minha família são bons contadores de história, principalmente meu pai. Acho que por ele ser analfabeto, sua memória faz algum tipo de compensação e até hoje ele conta muita história de como foram os tempos idos e vividos. Pois então, texto oral foi fácil pra pegar o jeito, mas leitora de livro, de livro de literatura, isso demorou muito para acontecer.
Na minha casa não tinha livro, pra dizer bem a verdade tinha duas bíblias, dois hinários ambos estes um em português e outro em alemão. Tinha também o catecismo menor e o catecismo maior de Luthero, já que sou de uma família luterana. Obviamente eu não lia nada disso. Mais tarde quando eu tinha uns 10 anos passou um vendedor de livros ambulante e meu pai comprou um manual de primeiros socorros, não sei bem porquê. Nunca foi usado. Lembro-me que eu ia na casa da vizinha emprestar o dicionário e era uma função, pois tratava-se de uma enciclopédia e eu tinha que verificar antes com que letra começavam as palavras que a professora tinha "passado" e depois carregar os livrões de um lado para outro.
Da escola primária lembro-me muito mais de canções de roda, homenagem cívica, hinos pátrios do que de leitura. Do ginásio lembro-me de uma experiência ótima. A professora de Português, Dona Júlia, trouxe livros de literatura brasileira (hoje eu sei que eram de literatura brasileira) para a classe e colocou um em cada carteira. Adivinhem!? Sobre a minha mesa ficou A pata da gazela e eu comecei a folhear imediantamente para tentar descobrir o que seria uma gazela. Não me lembro da obra, penso que não li muito deste livro e não me lembro se valia nota. Somente mais tarde descobri o que era uma gazela e somente na Faculdade é que descobri que ler Machado de Assis era mesmo difícil.
Pois então, logo depois de terminar o ginásio eu fiquei mamãe e comecei a fazer magistério. Lá eu aprendi que era necessário ler para as crianças e eu lia muito para minha filha. Bem mais tarde na Faculdade, no primeiro semestre, por causa da minha professora de Literatura, me tornei leitora e depois disso já li muito, de tudo... e hoje em dia, leio muito nas férias, mas quase sempre leio algo antes de dormir, já se tornou um hábito. Ultimamente leio alguma TP!!!
Muito diferente dessa história será a do meu neto que com 2 anos já tem uma pequena biblioteca e já conta a sequencia dos textos dos seus livros preferidos. Que bom para ele.
Nessa história toda o que realmente lamento é que livro no Brasil é muito caro.Muitas vezes entro na livraria, fico babando e não compro nada.

links dos colegas

jeanelulagestar2.blogspot.com
psilmara.blogspot.com
deborabrito.blogspot.com
professora-elaine.blogspot.com
shipink.blogspot.com
marialucimar.blogspot.com
hassedania.blogspot.com
portuguesgb.blogspot.com
angelitaradunz.blogspot.com
portuguesggt.blogspot.com

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Texto Coletivo: poesia

A cigarra e a formiga boa

Estava acabando o verão
e a cigarra cantava em vão
a sua bonita canção

A formiga trabalhava
para comer no inverno
para não morrer de fome
enquanto isso escutava
a canção da cigarra

Depois que a neve chegou
o trabalho acabou
e a formiga sua amiga ajudou

601 -EMEF Maria Nilda Salai Stahelin

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Não me lembrava mais deste fato!!

Enquanto eu lia o pequeno fragmento Fuga da obra de Graciliano Ramos lembrei-me que Vidas Secas foi o primeiro livro que li na Faculdade. Na verdade eu não li o livro, nossa professora maravilhosa (Suely Cagnetti) leu para a classe, um capítulo a cada encontro. Lembrei-me que alguns de nós ficávamos emocionados ouvindo o texto. Ela, a minha profª, tinha um jeito todo especial, ela é uma ótima contadora de histórias e sabia dar entonação perfeita ao texto. Mas algo que me ocorreu de forma consciente apenas agora na apostila TP3 é que os elementos narrativos e principalmente os descritivos estão tão bem encadeados que trazem para o leitor uma imagem ímpar do cenário no qual se desenvolve o enredo. Pela habilidade do escritor conseguimos quase que experienciar a rotina dessa família de retirantes e nos compadecer com a secura de suas vidas.

sábado, 9 de maio de 2009

Memorial do Professor - como me tornei professora?

Este é um longo capítulo de minha história e como professora de Português tenho dificuldade para escrever pouco. Tentarei me ater aos fatos, vamos ver no que vai dar...
Quando criança morei em Massaranduba até quase completar 7 anos e lá a referência de escola que eu tinha era uma multiseriada, com outro nome na época, que minhas irmãs mais velhas frequentavam. Em minha infância lembro-me que estudar era importante para aprender a ler e escrever, já que meu pai era analfabeto e minha mãe frequentou muito pouco a escola.
Nos mudamos para Jaraguá e eu frequentei da primeira a oitava série a escola próxima à minha casa, o HOMAGO. Ao final deste período, em 1980, havia poucas escolas de ensino médio em Jaraguá e por isso eu fui estudar no São Luis, contra a vontade de meu pai, que achava que mulheres não precisavam continuar os estudos, pois deviam procurar um emprego, provavelmente em uma confecção, como era moda na época, e depois casar e ter filhos. Na época eu namorava o meu professor de Educação Física, que era um rapaz urbano, atleta, e por isso já frequentava faculdade. Pois meu pai acertou em cheio, eu logo engravidei, parei de estudar e tive minha primeira filha. Na época eu trabalhava no comércio.
Alguns anos depois, por influência do meu então marido resolvi fazer o curso do Magistério, já que assim eu poderia trabalhar meio expediente e ainda cuidar da minha gatinha. E assim se fez.
Na época do meu estágio, minha então professora amada, Leonir Pezatti, me convidou para trabalhar como ACT em uma escola estadual e eu fui alfabetizadora durante um semestre. Neste período havia nesta escola um projeto de Língua estrangeira: alemão! E eu como uma boa massarandubense falava bobagens com a professora do projeto em alemão. Ela por sua vez estava se divorciando e ia se mudar e precisava de uma substituta. Assim, após ingressar no magistério tornei-me professora de língua estrangeira - o que conduziu minha história de vida e modificou meus caminhos para sempre.
Comecei a estudar alemão e fazer cursos e mais cursos. Engravidei mais uma vez, tive minha segunda filha. Quando ela tinha 4 meses eu ganhei uma bolsa para ir à Alemanha e fiquei lá por dois meses. Voltei doida e nunca mais parei de aprender e ensinar alemão. Comecei a trabalhar na Escola Jaraguá e lá trabalhei por 14 anos. Esta foi a grande escola da minha vida! Nesse espaço de tempo fiz faculdade de Letras Português/Inglês; me divorciei e ganhei mais uma bolsa na Alemanha. Mas somente na rede municipal me tornei professora de Português. Apesar de não ter escolhido essa profissão por algum chamado vocacional, sempre gostei muito de ser professora. Ainda hoje, depois de 24 anos de profissão, continuo acreditando que nós professores fazemos grande diferença na vida de todos os nossos alunos.